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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Educação pública de Qualidade. Um direito de todos?


    Educação, dizem que essa é a chave para se melhorar a qualidade de vida de um individuo e a formar mais eficiente de se fazer uma nação alcançar os requisitos para ser considerado um país desenvolvido, um país de 1° mundo. Como países emergentes e subdesenvolvidos possuem em sua maior parte uma população que depende da escola pública, faz-se necessário oferecer uma educação pública com qualidade para que estes tenham a chance de disputar por boas vagas no mercado trabalho a mesmo nível que pessoas vindas de escolas particulares.

    Mas como se oferecer educação de qualidade? Será através de escolas em bom estado, equipadas com material e educadores capazes de oferecer aos alunos condições de se integrarem à realidade atual. Ao que parece, ou pelo menos o que a APLB alega, é que educação pública de qualidade se resume apenas a quanto o professor ganha, quanto mais, maior a qualidade do ensino oferecido, e por isso exigem 10% do PIB.

    E para que os 10% do PIB? Para converter em material didático e recursos logísticos para a escola, não, esses 10% é para converter em ganho financeiro para professores e pra própria APLB, mas será que se ganharem excelentes salários, a educação oferecida será de ótima qualidade? Mesmo que as escolas estejam em ruínas e sem as mínimas condições de receber alunos? mas que se danem, eles vão estar ganhando bem, pra que um ambiente com condições físicas e didáticas adequadas tanto para alunos como para professores, se a qualidade da educação é baseada em quanto se ganha para lecionar? já que os professores e APLB sempre alegam que os salários atuais não os incentiva em nada a oferecerem uma boa educação.

    Mas a verdade é que a educação pública no Brasil, hoje não passa de números e gráficos usados para maquiar a dura realidade sócio educacional que a sociedade brasileira vive atualmente. Professores sempre se queixando dos baixos salários que não dão incentivo nenhum a eles se aperfeiçoarem e assim poderem oferecer uma educação com qualidade, Não que lutar por salários melhores seja algo ruim, é totalmente justo, afinal uma melhor qualidade de vida motiva qualquer pessoa a desempenhar melhor sua função e realmente é vergonhoso o salário que um professor ganha atualmente, mas usar isso como desculpa para privar a sociedade do direito de receber uma educação digna é injustificável e covardio.

     Por outro lado o governo, apenas se preocupa com os números do IDEB, este usado para mostrar ao mundo que o Brasil esta emergindo e educando seu povo. Mas assim como a mascara de um palhaço que sempre nos mostra uma face de alegria e esconde toda a tristeza e melancolia que o mesmo sente, os números do IDEB camuflam um terrível mal, o descaso com a educação pública, que assim como um câncer, vai crescendo e matando aos poucos o futuro das classes baixas de nossa sociedade, pois elas são 100% dependentes da escola pública, educação pública de qualidade hoje em dia chega a parecer utopia. 

    Nesse fogo cruzado, as classes mais baixas, as quais a tão sofrida vida já lhes fecham várias portas, tornam-se fantoches de uma guerra de interesses entre professores/APLB versus governo, pois a cada dia essas pessoas são privadas ainda mais do direito de uma educação melhor. É uma pena, pois depositamos na educação a esperança que através dela possamos mudar nossa vida e somos presenteados com total descaso ao nosso direito de ter pelo menos uma educação digna, pois a professores e governo ao menos o que aparenta lhes importar são apenas seus interesses egoístas e não os seus deveres com a sociedade.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O Papel do Professor na Sociedade


O que mesmo é ser um professor? Será que se resume apenas a uma pessoa presente na sala de aula para nos passar o conteúdo de um livro? Ou será alguém que tem nas mãos o poder de moldar os valores e consciência do individuo e da sociedade futura?

Já não é de hoje que o profissional que desempenha o papel mais importante na sociedade moderna, deixou de cumprir o seu tão essencial papel. É de certo também que o professor já não é mais tão valorizado pela sociedade como deveria ser, e os próprios também já não dão o devido valor à tão importante função que desempenham, afinal são eles os alicerces que possibilitaram e possibilitam a contínua evolução da humanidade. E já que neles está o poder para moldar o caráter do individuo, por que não usarem isso para formarem indivíduos mais conscientes para importância do professor na sociedade e assim abrir caminho para que as gerações futuras possam usufruir de uma devida valorização profissional? Ou será que são tão egoístas a ponto de pensarem só em si e no agora?

Dizem que nada supera a alegria de se deitar com a consciência em paz, sabendo que mesmo pouco, estamos contribuindo de alguma forma para tornar a vida dos que estão a nossa volta um pouco melhor e consequentemente, também modificando o mundo para um mundo mais humano e mais consciente. A educação é o instrumento ao que usamos para moldar os valores morais e expectativas de um futuro melhor para nossas crianças e este é o verdadeiro papel da educação, propiciar por meio do conhecimento a chance de melhorar a qualidade de vida das pessoas e da sociedade, coisa que em sua maioria não tem mais acontecido, o professor, ao qual passamos a difícil tarefa de construir o caráter e futuro de nossas crianças, passou a ser apenas mais um profissional e por sinal sempre insatisfeito com o seu tão importante papel social. 

E quem perde? Em curto prazo nós, mas a longo prazo todos perdem, a sociedade perde, os professores perdem também, pois no fim quem acabará pagando esse alto preço serão nossos filhos e netos, a cada dia que passa a educação oferecida nas escolas pública torna-se mais e mais deficiente e já não condiz mais com a atual realidade e necessidades de aprendizagem atuais. Assim como uma bola de neve, professores insatisfeitos são iguais à má qualidade de ensino que é igual a cidadãos menos capacitados e conscientes, que por sua vez é igual a professores futuros menos valorizados ainda, e assim segue o circulo vicioso.